Via Sacra: o caminho de Jesus até o calvário

Como cristãos, estamos vivenciando a Semana Santa. Convidamos você para percorrer o caminho de Jesus até o calvário, através da Via Sacra, meditando a Paixão de Cristo.

Um inocente foi condenado, como hoje muitos inocentes são condenados à morte pela pobreza, pela violência. Por sua missão Ele libertou a todos, e pela cruz remistes o mundo!

Jesus, amor que nunca se cansa de amar, toma a cruz aos ombros e, por seu ato, nos diz que na vida é preciso lutar sem desanimar. É preciso transformar as trevas em luz.

A cruz foi ficando pesada, e Ele, que sustenta o mundo em suas mãos, cai. Neste gesto, ensina-nos a ser como o bom samaritano que tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho. Ensina-nos a perdoar.

A dor do filho é a dor da mãe! Maria encontra seu filho e, neste momento, acontece a troca de olhares silenciosa que conforta e consola.

O Seu apelo já ecoava bem antes e dizia: “quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e siga-me!” Em um mundo tão cruel, precisamos ser Cirineu. Muitos são os que sofrem por carregar o peso do sofrimento e da exclusão.

Como Verônica, precisamos enxugar o rosto desfigurado do mundo. Como ela, não podemos nos calar diante de uma cultura de morte: famílias na miséria, enfermos sem atendimento, idosos desprezados, migrantes sem-terra, desempregados e minorias tratadas com preconceito.

Jesus leva nos ombros a cruz dos irmãos com garra e coragem e cai mais uma vez. Ele nos ensina a nunca desistir, mesmo nas quedas.

Jesus consola as mulheres, e por meio desse gesto, fortalece e incentiva todas a lutarem por respeito, por uma vida sem assédios e com dignidade.

Jesus cai novamente, e é neste caminho de salvação que encontramos forças para não mais cair, e para vencer os sofrimentos que a vida nos impõe.

Neste momento, Jesus nos ensina que a felicidade passa por uma vida despojada. As aparências nunca deverão ser mais importantes que aquilo que existe no interior de cada um de nós.

A cruz une a terra e o céu. É nos braços abertos de Jesus crucificado que somos acolhidos.

Desde o meio-dia até às três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Às três horas da tarde, Jesus deu um forte grito: (…) “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (…) Alguém foi correndo pegar uma esponja, a ensopou em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e deu para Jesus beber. (…) Então Jesus deu outra vez um forte grito, e entregou o espírito. Mt 27, 45-50

Jesus é descido da cruz e repousa no colo da Sua mãe. Reina o silêncio! Existem momentos na vida em que o silêncio grita. Que estejamos atentos aos gritos silenciosos por socorro.

José, tomando o corpo, o envolveu num lençol limpo, e o colocou num túmulo novo, que ele mesmo havia mandado escavar na rocha. Em seguida, com ajuda de outros, rolou uma grande pedra para fechar a entrada do túmulo, e retirou-se. Maria Madalena e a outra Maria estavam sentadas, em frente ao sepulcro. Mt 27, 59-61

“Por que procuram entre os mortos quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou”. Jesus está vivo, triunfou à morte e subiu aos céus.